EDIÇÃO EM HOMENAGEM À ETNOMUSICÓLOGA E MUSICISTA EMÍLIA BIANCARDI
DIREÇÃO ARTÍSTICA - LEONARDO REIS/ MEDIADOR - JORGE SACRAMENTO
CENTRO HISTÓRICO DE SALVADOR - LARGO PEDRO ARCANJO
DE 08 A 11 DE SETEMBRO DE 2009 - ENTRADA FRANCA







SEXTA-FEIRA, 11 DE SETEMBRO

Projeto Tudo é Percussão 2 termina em grande estilo

Sérgio Chiavazzoli, Arthur Maia e Orlando Costa contagiaram o público do Pelourinho com muito bate-papo e música.

Depois de quatro dias de imersão no universo rítmico e musical das batidas percussivas, o projeto Tudo é Percussão 2 chega ao fim. O evento, uma realização do Pelourinho Cultural, da Secretaria de Cultura do Estado, aconteceu no Centro Histórico de Salvador entre os dias 8 e 11 de setembro e juntou grandes nomes da música percussiva do Brasil. No último dia da segunda edição, o público lotou o Largo Pedro Archanjo para participar de uma conversa informal regada a muita música com Sérgio Chiavazzoli e Arthur Maia e curtiu o som cheio de suíngue e ritmo de Orlando Costa.

Tudo começou quando Serginho, assim chamado pelos fãs, ajustou os instrumentos. Logo depois ele esquentou a plateia, convidando todos a fazer música junto com ele, inspirados no som do batimento cardíaco. E foi neste rítimo que Sérgio Chiavazzoli ministrou seu workshop. Durante a tarde, ele falou da importância de ouvir a música dentro de si e de saber que cada momento que se toca um instrumento é especial e único. “A música e o momento nunca se repetem. Mesmo que você ensaie sempre da mesma forma, cada dia você está em um estado de espírito diferente. Isto influência na forma que você toca e, assim, a música é feita de outro jeito”, explica. Serginho incentivou o público a estudar música, conhecer novos instrumentos e ouvir discos de diversos artistas para desenvolver a musicalidade. “Quanto mais oportunidades você tiver com a música, melhor instrumentista será. Estude muito, aprenda outros instrumentos”, completou.

Em seguida, o público vibrou com Arthur Maia. Bastante descontraído, o baixista mostrou porque é considerando um dos melhores do mundo. Arthur aproveitou o workshop para exibir seu talento e contar um pouco das histórias vivenciadas em seus anos de carreira. Ele falou ainda da importância de admirar, respeitar e conhecer bem as pessoas com quem se toca. “A música é um esporte coletivo. Tem que encontrar o meio termo entre você e o outro músico”, explicou. Arthur Maia recebeu muitos elogios do público e conseguiu arrancar boas gargalhadas da plateia. “Ele é fabuloso. Este projeto é fabuloso. Ele permite que músicos baianos tenham a oportunidade de interagir com colegas renomados e aprender com suas experiências. Essa lição vale mais do que estudar a teoria”, disse Arthur Aguiar, baixista.

Depois de muito bate-papo, foi a vez de Orlando Costa contagiar a plateia com o show de encerramento do projeto Tudo é Percussão 2. O público, que não se deixou abalar com a forte chuva no Pelourinho, estava de olhos e ouvidos bem atentos, enquanto o percussionista arrasava no seu show Eu...porque sou Percussivo. O músico, que já se apresentou com Caetano Veloso, Marisa Monte, Ney Matogrosso e Carlinhos Brown, desfilou no palco, tocando inúmeros instrumentos, desde conhecidos até os mais exóticos, trazidos de Cuba e da África. Uma apresentação e tanto que deixou todos com gostinho de quero mais a espera da terceira edição do projeto.